
Muitos acreditam que essa língua correta realmente existe e que ela é usada no Maranhão. Sabe-se que isso não passa de mais um mito da língua portuguesa e que foi criado principalmente pelo simples fato de os maranhenses utilizarem o pronome tu seguido dos verbos conjugados na segunda pessoa e terminados em “s”.
Segundo o texto de Fabio Procópio,do blog fabioprocopio.wordpress.com, o fato do Maranhão ter se destacado economicamente no plantio do algodão durante o século XVIII fez com que o estado passasse por uma enorme efervescência cultural atraindo,desse modo, vários artistas e escritores para a capital São Luís. Sendo assim, esse grupo teria mantido o “português” do Maranhão fortemente ligado ao português de Portugal e isso fez com que o modo de falar dos maranhenses se diferenciasse um pouco do modo mais comum.
Essa afirmação do blogueiro só vem a confirmar a teoria que diz que a língua é modificada de tal forma que venha a atender às necessidades de seus falantes (no caso do Maranhão veio a suprir as necessidades dos intelectuais que ali se estabeleceram). Sendo assim, no momento em que os maranhenses sentirem a necessidade de atualizar ou adicionar conceitos ao seu vocabulário eles vão fazê-lo.
Outro fato que pode modificar a linguagem maranhense é o avanço da globalização que tende a fazer com que a língua portuguesa no Brasil comece a se homogeneizar. O acontece nesse estado brasileiro não é algo incomum nem no país nem no resto do mundo. O contato com culturas diversificadas proporcionada pela internet faz com que as pessoas absorvam características de outros grupos e essas características também se refletem na língua.
O que todos deveriam saber é que apesar de muitas vezes ser a geratriz do preconceito, a variedade lingüística tem por função principal atribuir características próprias à cultura e ao modo de falar de um grupo social e por isso deve ser respeitada independente do vocabulário ou sotaque utilizado por seus falantes, devem também se conscientizar de que não existe língua ou variação linguística que seja superior a outra pois todas correspondem às necessidades da sociedade onde estão inseridas.
Por: Matheus Magalhães
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