O preconceito lingüístico é conseqüência dos preconceitos sociais. Na maioria das vezes, é exercido sobre as pessoas que sofrem desaprovação na sociedade – o analfabeto, o pobre, aqueles que não têm acesso à escolarização. Essas pessoas são acusadas de falar errado, de não saber falar. Se a pessoa é pobre, a “língua” dela é pobre. Se a pessoa vive numa região considerada atrasada, a “língua” dela vai ser considerada atrasada. São essas as tramas perversas do preconceito.
Do ponto de vista científico, lingüístico, qualquer maneira de falar tem sua razão de ser, tem suas regras, obedece a uma gramática. Mas, como a sociedade não se organiza em termos científicos, por mais bem estruturada que essa variante lingüística seja, ela vai sempre ser considerada errada, porque não corresponde àquilo que as forças detentoras de poder na sociedade consideram correto ou adequado.
Por: Tuanny Monte
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